
Um capataz e uma aguadeira
Uma coca e uma lanheira
E uma criança ao fogão
Barris e uma coçaria
Ali é que a gente comia
O arroz cru com feijão
Com as calças a cavalo de estado
Andava tudo tapado
Para os bichos não picarem
Trazia-se um sorréco ou uma faca
De vez enquando muito à sucapa
Ouvia-se as milhãs a estalarem
O sorreco era proibido
Tinha que andar escondido
Para o capataz não ralhar
Ele é que não queria ver
Que a erva estava a crescer
E não se podia arrancar
Para as saias não arrojarem no chão
As moças faziam o balão
Se não andavam molhadas
Os aventais eram dobrados
Os chapéus eram enfeitados
Com rosinhas encarnadas
Tapavam a cara com burnel
Para proteger a pele
Punham polainas e mangos
Os mantulhos eram enterrados
E às vezes eram jogados
Com o nome de serongos
Uma coca e uma lanheira
E uma criança ao fogão
Barris e uma coçaria
Ali é que a gente comia
O arroz cru com feijão
Com as calças a cavalo de estado
Andava tudo tapado
Para os bichos não picarem
Trazia-se um sorréco ou uma faca
De vez enquando muito à sucapa
Ouvia-se as milhãs a estalarem
O sorreco era proibido
Tinha que andar escondido
Para o capataz não ralhar
Ele é que não queria ver
Que a erva estava a crescer
E não se podia arrancar
Para as saias não arrojarem no chão
As moças faziam o balão
Se não andavam molhadas
Os aventais eram dobrados
Os chapéus eram enfeitados
Com rosinhas encarnadas
Tapavam a cara com burnel
Para proteger a pele
Punham polainas e mangos
Os mantulhos eram enterrados
E às vezes eram jogados
Com o nome de serongos