sexta-feira, 24 de julho de 2009

UMA GAIVOTA VOOU


Uma gaivota voou
Nem sequer para trás olhou
Quando atravessou o Tejo
Foi pousar numa canoa
Pôs-se a olhar p’ra Lisboa
Chorou pelo Alentejo

Teve que seguir em frente
Encontrou boa e má gente
Mentiu quando foi preciso
Dentro daquela cidade
Sozinha e com pouca idade
Mesmo assim teve juízo

Ouve alguém que lhe foi dizer
Terás muito que aprender
Num mundo que não é teu
Gaivota estás condenada
Voltaste a ser explorada
Foi sina que Deus te deu

Chegaste aqui sozinha
Hoje tens uma casinha
A onde nada deixaste
Gaivota quem te diria
Que vinhas a ter um dia
O ninho de onde voaste


1 comentário:

José disse...

Os que foram, os que por lá ficaram
para lá e antes do tejo,

e os que voltaram para o ninho outra vez.
um abrço